mas antes para todos aqueles que não se escutam e têm, por isso, uma certa vergonha na cara - com todas as letras.
O poema não tem título, mas acho que pode ser alguma coisa com "querer"...
O chá quente que se esparrama pela mesa quando cai,
A gravidade que se esparrama pelo chão quando o vento pede
É o coração da moça que machuca
É a sua pele macia que iludi
Enquanto o áspero da minha testura arranha o meu desejo.
É a dúvida em viver trancado
Ou de ser um ser pressionado,
Mas espalhado diante das frustrações de ser assim:
Diferente demais pra mim.
Se o chá não cai a mesa não molha
Se o vento não pede a força não cai
Mas se o líquido fica a xícara esquenta
E a gravidade sem o vento não se vai
Porque tudo que se existe é pra perceber
É pra sentir
É pra ser
Senão a xícara estoura
E o chão fica vazio, sem vento, sem nada.
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